O que é o Drex?
- Contador Leandro Machado

- 29 de out.
- 2 min de leitura
O Drex, ou Digital Real X, é a moeda digital oficial do Brasil, emitida pelo Banco Central (BC). Trata-se da versão eletrônica do real, com o mesmo valor e lastro, mas operando exclusivamente em ambiente digital. Lançado em nome oficial em agosto de 2023, após ser chamado de Real Digital, o Drex faz parte das Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs), tendência global adotada por mais de 130 países.
Seu desenvolvimento começou em 2020, com o objetivo de modernizar o sistema financeiro brasileiro. O projeto está na segunda fase de testes, envolvendo instituições financeiras para validar funcionalidades como privacidade e sigilo. A previsão de lançamento para o público é em 2025, possivelmente ainda neste ano, conforme atualizações do BC.
Diferente de criptomoedas como Bitcoin, o Drex não é volátil nem descentralizado. Ele usa tecnologia blockchain para registrar transações de forma segura e imutável, mas é centralizado e regulado pelo BC, garantindo estabilidade. Isso reduz riscos de fraudes e permite reversão de operações suspeitas, algo inédito no sistema atual.
A principal inovação são os contratos inteligentes, que automatizam transações condicionais. Por exemplo, na compra de um imóvel, o pagamento só é liberado após a transferência da propriedade, eliminando intermediários e riscos. Isso facilita empréstimos, vendas e serviços, com pagamentos automáticos baseados em condições pré-definidas.
O Drex não substitui o dinheiro em espécie nem o Pix. Enquanto o Pix é um meio de pagamento instantâneo para transferir reais existentes, o Drex é a moeda em si, permitindo operações programáveis e multiativos. O papel-moeda continuará circulando, especialmente em áreas sem internet.
Para usar o Drex, o cidadão precisará de uma carteira digital, gerenciada por bancos ou instituições autorizadas. Haverá integração com contas correntes: depósitos em real podem ser convertidos para Drex e vice-versa, sem custos adicionais iniciais. Transações serão rápidas, baratas e seguras, com supervisão do BC.
Uma vantagem chave é a inclusão financeira. Pessoas sem conta bancária poderão acessar serviços digitais via carteiras simples, ampliando o acesso ao crédito e investimentos. No exterior, o Drex pode facilitar remessas internacionais, reduzindo dependência do dólar e custos de conversão.
O Senado Federal discute adaptações legislativas para o Drex, como regulação de contratos inteligentes e proteção de dados. Projetos visam promover justiça tributária e eficiência econômica, combatendo ilícitos. A Lei Geral de Proteção de Dados e o Sigilo Bancário garantem que não haja monitoramento indevido da população, desmentindo fake news.
Em resumo, o Drex representa um avanço na desburocratização financeira, com foco em segurança e inovação. Ele promete tornar o Brasil vanguarda em CBDCs, integrando economia digital à tradicional. Fique atento às atualizações do BC para o lançamento oficial.




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